segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Pisou na bola


O melhor time da Era dos Pontos Corridos.

Nas 16 rodadas iniciais ninguém fez mais pontos que o Palmeiras. 34.

Se com Luxemburgo o time treinava pouco, com Jorginho aprendeu que o suor é a alma da vitória.

Veio Muricy. E com ele, a experiência que o Jorginho ainda necessita.

Tudo perfeito. Tudo pronto para revivermos os tempos de glórias.

Mas eis que surgem as famosas propostas do exterior.

Tudo bem.

Nós palestrinos já estamos mais do que acostumados.

Sempre ouvimos: "Se for bom para o clube e para mim, tudo bem, eu saio".

Ocorre que nunca ouvimos isso do Marcos.

Não preciso nem explicar o porquê.

E, nessa linha, é que me decepcionei.

Logicamente, não com o Marcos.

Mas com um jogador que achei que realmente fosse diferente.

Um jogador que sempre bateu no braço para demonstrar comprometimento.

Um jogador que sempre honrou a camisa.

Que teve a torcida e o clube, sempre ao seu lado.

Nas vitórias e nas derrotas. No futebol e na vida.

Por que Pierre?

Por que chegar num microfone e condicionar sua permanência a uma valorização do Palmeiras?

Precisava ser assim?

Através de um microfone?

Não sei quanto você ganha. Com certeza é muito mais que eu.

Mas esse tipo de assunto não é discutido numa sala de reunião?

Com o chefe, de preferência?

Você tem o direito de ganhar o quanto quiser. Isso é óbvio.

Mas fazer esse tipo de condicionamento, publicamente, não concordo.

Sinceramente...

Pisou na bola.

Inexperiência?

Não creio.

Forçação de barra?

Espero que não. Espero mesmo.

Você nunca foi mais um.

Sempre foi o Pierre do Palmeiras.

Quando chegar a hora de decidir, pense nisso.


“A carreira de jogador só é curta para aqueles que não têm identidade”

2 comentários:

@FKamers disse...

Muito bom seu texto, ta adicionado ao Nação Palmeiras!

Abraço
http://nacaopalmeiras.blogspot.com

Mario Martinho disse...

Obrigado Fernando. Espero mesmo que o Pierre fique. Ele ainda tem muita lenha para queimar.